SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO TIPO 02

OS SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS NASCERAM DE UMA INICIATIVA MUITO MAIS ANTIGA QUE O PRÓPRIO SERVIÇO.   

EM 23/12/1998 PASSA A FUNCIONAR, DENTRO DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SANATÓRIO ESPÍRITA VICENTE DE PAULO, UM SERVIÇO INOVADOR, QUE VIRIA ANOS MAIS TARDE A SER O EMBRIÃO DO QUE HOJE SÃO AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS. 

ESTE NOVO SERVIÇO OU ESTA NOVA FORMA DE TRATAMENTO TERAPÊUTICO FOI NOMEADA COMO "VILA TERAPÊUTICA", CUJO LEMA ERA: - "SÓ HÁ LIBERDADE QUANDO SE AMA CONSCIENTEMENTE". 

ESTA "VILA TERAPÊUTICA" ERA UM LABORATÓRIO DE TREINAMENTO DE "HABILIDADES DE VIDA DIÁRIA". OS PACIENTES ERAM TREINADOS, RESSOCIALIZADOS, A LIMPAR SUA CASA, PREPARAR REFEIÇÕES, CUIDADOS COM HIGIENE,  UTILIZAÇÃO DO DINHEIRO, DISCIPLINA NOS AFAZERES, EM ESPECIAL A RESPONSABILIDADE COM SEUS MEDICAMENTOS, ENTRES OUTRAS ATIVIDADES INTRÍNSECAS DA VIDA COTIDIANA DE UMA PESSOA AUTÔNOMA. INFELIZMENTE NO ANO DE 2003 O HOSPITAL, QUE HÁ 47 ANOS PRESTAVA ESTES RELEVANTES SERVIÇOS A COMUNIDADE, FOI FECHADO, TENDO QUE TRANSFERIR SEUS PACIENTES PARA HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS PÚBLICOS, NOS MUNICÍPIOS DE ORIGEM DO PACIENTES. UMA GRANDE QUANTIDADE DESTES PACIENTES ERAM MUNÍCIPES DE RIBEIRÃO PRETO, ENTÃO, FORAM TRANSFERIDOS PARA O HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SANTA TEREZA. EM 11/02/2000, O MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA UMA PORTARIA, QUE SEGUINDO OS PRECEITOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL, ROMPE DEFINITIVAMENTE COM AS TRADICIONAIS FORMAS DE ATENDIMENTOS PSIQUIÁTRICOS, DE INTERNAÇÃO. A PORTARIA Nº 106 CRIA OS "SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS", E ESTABELECE:

Art. 1.º Criar os Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental, no âmbito do Sistema Único de Saúde, para o atendimento ao portador de transtornos mentais.

 Parágrafo único. Entende-se como Serviços Residenciais Terapêuticos, moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares e, que viabilizem sua inserção social.

 Art.2.º Definir que os Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental constituem uma modalidade assistencial substitutiva da internação psiquiátrica prolongada, de maneira que, a cada transferência de paciente do Hospital Especializado para o Serviço de Residência Terapêutica, devesse reduzir ou descredenciar do SUS, igual n.º de leitos naquele hospital, realocando o recurso da AIH correspondente para os tetos orçamentários do estado ou município que se responsabilizará pela assistência ao paciente e pela rede substitutiva de cuidados em saúde mental.

 Art. 3.º Definir que aos Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental cabe :

 garantir assistência aos portadores de transtornos mentais com grave dependência institucional que não tenham possibilidade de desfrutar de inteira autonomia social e não possuam vínculos familiares e de moradia; 

 atuar como unidade de suporte destinada, prioritariamente, aos portadores de transtornos mentais submetidos a tratamento psiquiátrico em regime hospitalar prolongado; 

1.  promover a reinserção desta clientela à vida comunitária.

COMO O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO PASSOU A TER A OBRIGAÇÃO DE CRIAR ESTE NOVO SERVIÇO, NA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE MENTAL, E COMO O SANATÓRIO JÁ TINHA O KNOW-HOW, COM A EXPERIÊNCIA DA "VILA TERAPÊUTICA", E 47 ANOS DE ATENDIMENTOS EM PSIQUIATRIA, A SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE BUSCA, NO ANO DE 2003,  A PARCERIA DO SANATÓRIO, ATRAVÉS DE CONVÊNIO, PARA A IMPLANTAÇÃO DAS PRIMEIRAS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS DO MUNICÍPIO. CASAS SÃO LOCADAS EM BAIRROS PRÓXIMOS AO SANATÓRIO, POIS CABERIA A ELE FAZER TODO O GERENCIAMENTO DE PESSOAL, FINANCEIRO E ASSISTENCIAL AOS "MORADORES", COM O AUXÍLIO E SUPERVISÃO TÉCNICA DO CAPS-III DR. ANDRÉ SANTIAGO.

NESSES QUASE 18 ANOS DE MUITOS TRABALHOS, NAS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS, JUNTO AOS MORADORES, MUITOS FORAM OS DESAFIOS. MUITOS PROBLEMAS FORAM SOLUCIONADOS E OUTROS PERDURAM DESDE O INÍCIO DAS ATIVIDADES.

LOGO NO INÍCIO DAS PRIMEIRAS RESIDÊNCIAS ENCARAMOS PROBLEMAS, QUE NÃO ERAM PREVISTOS PELA PORTARIA MINISTERIAL, Nº 106, DE 11/02/2000.

- DIFICULDADE EM LOCAR CASAS PARA ABRIGAR PESSOAS PORTADORAS DE DOENÇA MENTAL;

- DIFICULDADE DE LOCAR CASAS COM OS PADRÕES EXIGIDOS, PARA ABRIGAR UM NÚMERO GRANDE DE PESSOAS, QUE NA MAIORIA DAS VEZES NÃO CONSEGUIAM DIVIDIR ESPAÇOS, COMO OS DOS QUARTOS;

- DIFICULDADE PARA CONTRATAR "CUIDADORES". PROFISSÃO QUE NÃO ESTAVA ESTABELECIDA E RECONHECIDA AINDA. NÃO HAVIA PESSOAS NO MERCADO COM CAPACITAÇÃO E EXPERIÊNCIA;